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Recentemente, a era da distração resolveu que a palavra “stress” já não era boa o suficiente para descrever a sensação de completo esgotamento físico, mental e espiritual que muitos seres humanos experienciam.

Claro, para a geração que busca prazer atrás de prazer para satisfazer a história que a mente conta sobre si mesmo, falar apenas que “está estressado”  não é o suficiente.

Precisamos de mais, precisamos levantar o sarrafo.

Precisamos mostrar que temos BURNOUT.

A palavra burnout apareceu pela primeira vez em 1974 como um diagnóstico psicológico por Herbert Freudenberger, para casos de “colapso mental ou físico devido ao excesso de trabalho ou stress”.

Existe uma diferença entre o stress, a exaustão e o burnout.

O stress, assim como o medo, pode ser uma força mágica, um mestre que nos ensina a lapidar nosso ego, caráter, virtudes e valores.

Costumo dizer que a evolução acontece quando estamos um passo à frente da zona de conforto, mas um passo atrás da zona de desespero.

zona de conforto -> evolução -> zona de desespero

Portanto, se você está em um ponto saudável para sua evolução, é normal sentir medos, é normal sentir stress.

Um ser humano consciente e saudável, trilhando pela zona da evolução, logo percebe seus próprios limites e volta para sua zona de conforto um pouco, para descansar, recalibrar, ajustar seu sistema de corpo, mente e alma para logo voltar aos desafios da vida. (que sim, nunca irão findar!)

A exaustão acontece quando gastamos toda a nossa bateria. É como “varar” 48h sem dormir para atingir um objetivo.

Um ser humano consciente e saudável, nessa hora, volta para seu conforto, recarrega suas energias mentais, físicas e emocionais por algum tempo depois desse grande esforço e depois volta a encarar a vida.

No exemplo, para 48h, pelo menos 24h de descanso. Suas 8 horinhas de sono não serão o suficiente.

O burnout é a inconsciência total. É viver perpetuamente em stress e desconforto, na zona de desespero, levando o seu sistema à exaustão depois de exaustão.

É “varar” a noite por padrão a cada 2 dias, é entrar em um estado de profunda desconexão consigo e com o mundo, a ponto de o seu próprio sistema, o seu próprio organismo começar a internalizar que aquilo é comum.

// a versatilidade do ser humano

Como você bem sabe, o ser humano é um ser incrivelmente resiliente e versátil.

Temos seres humanos que vivem nas temperaturas escaldantes do deserto e nas temperaturas polares do ártico. 🏜<>❄️

Existem seres humanos que tomam refrigerante ao invés de água e hambúrguer ao invés de comida e estão vivos! 😲 (podemos fazer um outro texto só para filosofar sobre o que é “vida” aqui… mas….. seguindo…)

“Viver”, portanto, em perpétuo estado de stress e autoflagelo, apenas “da cabeça para cima cumprindo uma TODO list”, por exemplo, pode virar uma normalidade.

Normalidade e inconsciência a tal ponto que o sistema simplesmente não consegue mais relaxar. O subconsciente foi tão bem programado para o perpétuo estado de stress e fugo-luta que o simples ato de deitar e descansar, de sentar em uma sala sozinho(a) em silêncio para contemplar a vida parece um absurdo.

Ao invés de ser, viver, contemplar, servir ao mundo, passamos a ser máquinas egoístas e inconscientes. Costumo falar que existem seres humanos que funcionam como células cancerígenas para o planeta.

Paramos de valorizar o tempo. ⏳

Hoje de manhã, preparando uma torradinha com mel, percebi como estava inconsciente ao pegar várias colheres fartas de mel para passar na torrada. Uma quantidade bem maior do que era necessário.

Fiquei pensando quantas abelhas 🐝, quantas flores 💐, quantos humanos, quantas horas de trabalho estavam por trás daquela simples colher de mel que estava prestes a devorar a esmo.

No momento que refleti e a consciência voltou, passei a fazer minha torrada com mais calma, com profunda gratidão por todo o ciclo que existia para aquele mel estar presente na mesa de café da manhã.

O trabalho das abelhas 🐝, das flores 💐, dos apicultores, de todo o ciclo de extração da natureza e da indústria que forneceu o pote plástico.

O mel ganhou um novo sabor, a saciedade ao mastigar e desfrutar da vida ganhou novas dimensões. O pote, que estava no fim, foi lavado para ser reutilizado, ao invés de ser descartado.

Essa reflexão me fez pensar em todo o resto que consumimos nesse mundo a esmo, sem dar valor.

Você já parou para pensar quantos anos, quantas pessoas, quanto dinheiro, quantos recursos estão por trás de um filme de apenas 2 horas de duração?

Me lembro quando fui ao cinema assistir ao último filme dos “Vingadores”, e fiquei abismado ao ver quantas pessoas estavam lá depois do trabalho com seu pacote de fast-food: hambúrguer, batata frita e refrigerante, mastigando com pressa e tentando assistir ao filme ao mesmo tempo.
📽️≠(🍔+🍟+🥤)

Não estavam fazendo nem uma coisa, nem outra por completo, com consciência.

De quebra, ainda faziam um baita barulho típico de fast-food de papel amassado constante, e mastigadas altas.

Claro,  se existe pouco respeito pelo próprio corpo, por que existiria respeito para com os outros assistindo ao filme?

E esse texto/podcast que você está lendo agora? Você faz ideia de quantas horas, quantas pessoas estão envolvidas no processo de entregar esse conteúdo para você? 🤔

Escrever o texto à mão, editar, digitar, gravar, editar o áudio, emojificar 😜, publicar….

E um simples vídeo ou post de instagram?

Quantas pessoas deram suas horas de trabalho, amor e carinho para você deslizar a tela à esmo, querendo mais, mais e mais?

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Fica aqui a reflexão, fica aqui a sextaFilosofal para que você saia da estatística e faça algo além nesse mundo.

Além da “geração burnout”, por favooooor! 🙏🏽🙌