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Imagine que você vai partir para uma longa jornada, uma grande aventura que vai além de tudo aquilo que lhe é conhecido.
Para isso, você tem duas opções: você pode viajar
com um barco veleiro ou com um foguete.
Qual você escolheria?
Que tal de veleiro? ⛵
O veleiro possui muitas vantagens. É um veículo robusto que permite ao homem navegar por rios e oceanos.
A vista do horizonte faz do veleiro a escolha ideal para aqueles que curtem apreciar a paisagem e curtir o contato com a natureza, digerindo cada momento aos poucos.
Cada manobra é feita de forma devagar, entendendo como utilizar as forças do vento da melhor maneira possível para se deslocar.
Se você souber conduzir e harmonizar a sua vela com as forças do oceano e dos ventos, seu veleiro consegue chegar a uma velocidade média de 6 nós (aprox. 11km/h).
É necessário não só um conhecimento técnico, intelectual, mas também conhecimento experiencial e força corporal para atar nós, manobrar o timão e ficar em vigília constante.
À noite, o céu estrelado aparece para guiar a sua jornada.
Observar o céu e o clima é fundamental para saber prever as mudanças de tempo e intempéries da natureza, como chuvas, ventanias e tempestades que aparecem de vez em quando para dar um novo sabor à jornada.
Ou quem sabe você prefira viajar de foguete? 🚀
Com o foguete, é diferente:
A alta aceleração, especialmente no lançamento, faz com que você visite diversas paisagens em poucos segundos.
Em 1 minuto você vai de 0 a 1000 km/h e já está 8 km acima do chão.
Em 2 minutos você está viajando a 4000 km/h passando dos 40 km de altitude.
E não é só a velocidade e a paisagem que mudam drasticamente: navegar pelas diversas camadas da atmosfera em tão pouco tempo e chegar ao espaço sideral lhe propiciam as mais diversas sensações, temperaturas e pressões.
Para aguentar esse tranco, o foguete é desenhado e construído visando os mínimos detalhes. É um veículo extremamente robusto.
Depois de tanta intensidade no lançamento, vem a recompensa: ver a Terra de longe. 🌎
Habitar um espaço sem gravidade.
Olhar para trás e enxergar cada ser vivo, todos os acontecimentos que fizeram parte da sua vida do tamanho da palma de sua mão, em um globo azul.
A recompensa pode ser grande, mas você deve estar disposto a arriscar tudo: qualquer parafuso fora do lugar pode significar o fracasso da missão.
A figura do astronauta representa alguém que sonha alto, que busca objetivos muito grandes, até mesmo transcendentais para sua vida: seja ir para a Lua, colonizar Marte ou entender o cosmos e o universo.
Mas para chegar lá, o astronauta precisa passar por um treinamento.
Precisa ganhar conhecimento técnico sobre como os foguetes operam, procedimentos padrão para emergência.
Precisa treinar seu corpo, afinal de contas, o espaço é um local hostil: a falta de gravidade faz perder massa muscular e você tem pouco espaço para se movimentar dentro da espaçonave.
E além de se capacitar com conhecimento e treinar seu corpo, o astronauta precisa aprender a arte de saber entender sua mente e suas emoções.
E a todo momento, não adianta nada ter o sonho grande, saber que quer ir para a Lua, ter todo o treinamento técnico, físico, mental e emocional se você não tiver a consciência de que você é o próprio universo.
Você é a própria vida. 👊🙏❤🌈✌🌋🚀🎩☯🌞🕉
Querer ir para Marte precisa ter um propósito, senão vira uma jornada vazia.
Percebo que essa escolha na forma de navegar reflete a maneira como vivemos nossas vidas.
Se vivemos em ritmo acelerado, acabamos passando por diversas fases importantes sem ao menos nos dar o tempo de apreciar cada passagem como deveríamos.
E essa forma de viver tem consequências na parte interna do nosso ser: percebemos um turbilhão de emoções passando por nós, transitando entre céu e inferno ao menos 5x por dia.
Podemos chegar à lua, mas… quem vai estar lá com a gente? A lua é um lugar inóspito.
Tal qual um astronauta, uma experiência intensa e rápida dessas pode te deixar desnorteado.
No espaço, só se conhece a teoria, temos um “chute” educado de como tudo funciona.
Na prática, é tudo diferente.
No espaço não tem mais chão. Não tem mais direita, nem esquerda. Não tem norte nem sul. Todas as referências e certezas de “mundo” não servem de nada por lá.
Ao voltar para a “Terra” é necessário tempo para integrar e refletir toda a experiência.
Tanto o marinheiro quanto o astronauta tem uma coisa em comum: a certeza do propósito da missão.
A jornada rumo ao desconhecido é a mesma.
As dificuldades e riscos só mudam em intensidade. O aprendizado é exatamente o mesmo.
Talvez o marinheiro tenha mais flexibilidade de mudar de rumo caso algum imprevisto aconteça.
Já o astronauta, não possui tanta “manobrabilidade”.
Tudo é minuciosamente calculado e planejado antes para se chegar a um local, nos mínimos segundos, inclusive na hora do lançamento.
Se sair 1 segundo depois, ferrou.
Talvez a vida demande que você coloque um capacete de astronauta agora. 👨🚀
Mais para frente, talvez ela demande que você coloque um quepe de marinheiro. ⚓
E só por que você foi astronauta um dia, não significa que não possa ser marinheiro depois.
Se você está muito tempo vestindo o quepe de marinheiro, talvez seja interessante experimentar o capacete de astronauta.
O mesmo vale para quem está a muito tempo com o capacete de astronauta, levando a vida em um ritmo alucinante.
Talvez você esteja muito apegado(a) ao capacete.
Talvez seja hora de experimentar como seria a vida em um veleiro.
Lembre-se: você é muito mais que um mero “astronauta” ou “marinheiro”, você é você.
Só cabe a você intuir e decidir o que “encaixa” melhor, no aqui e agora ;D
Para mim, não existe melhor analogia para os nossos estudantes do que chamá-los de “cosmonautas”.
Nossos cosmonautas são perfeitamente capazes de pilotar tanto um veleiro como um foguete.
Além de receber um treinamento em corpo, mente e alma, aprendemos técnicas e ferramentas práticas para aplicar isso de forma fácil no dia a dia de nossas vidas.
Passamos por uma verdadeira missão de aprendizado de forma leve, simples, divertida e equilibrada.
Procuramos pessoas que sonham grande, que querem se desenvolver em seu melhor, e que ao mesmo tempo entendem que a jornada é o grande barato, que é quando descobrimos que somos o próprio universo.
Saber aliar o desenvolvimento tecnológico com o despertar de consciência.
O cosmonauta é a personificação de querer ir sempre além, partir em novas jornadas, sair da nossa zona de conforto, além das nossas barreiras, além do desconhecido. É dar a cara pra bater em um sistema onde se conhece muito pouco.
A figura do cosmonauta é um lembrete, para todos os dias sonhar absurdamente alto, trabalhar com maestria, e ter a humildade de olhar para trás para lembrar do que realmente importa, sem esquecer de que a qualquer momento podemos virar poeira cósmica do universo.