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ou desfrute do texto completo a seguir:

“Chega.

Basta.

Não dá mais.

Chega de viver no mundo virtual.”

Essa foi a sentença que meu general interno 👮 deu quando, mais uma vez, dei uma longa “surfada” no instagram.

Mais uma vez sucumbi a uma inexplicável vontade de ver mais e mais sobre a vida dos outros.

Aceitando todo e qualquer pensamento que aparecia em minha mente ao me comparar com fulano escritor, ciclano empreendedor e beltrano artista.

Felizmente durou só 15 minutos, mas foi o suficiente para perceber quão longe estava ficando da minha própria vida e do meu caminho.

Uma grande dose de anestesia, que novamente fez meu ser voltar à programação de medo e escassez.

De focar na distração, e não na necessidade.

De focar no ego, e não na essência.

Comecei inocente: abri o instagram para colocar um conteúdo que faria a diferença na vida das pessoas….eee…. de repente……PAAA!

15 minutos se foram.

15 minutos onde foram poucos os sentimentos e insights de leveza, alegria, pureza e simplicidade.

15 minutos onde imperaram sentimentos de comparação, menos-valia de mim mesmo, distração, de querer desesperadamente fazer com que meu perfil na rede social seja “tão maneiro” quanto fulano, ciclano e beltrano.

Quanto mais ficava na rede social, pior ficava.

Curiosamente é o mesmo título de um estudo que saiu na Harvard Business Review:

“Quanto mais você usa o Facebook, pior você fica.”

Pera… será que eu desenvolvi um vício em redes sociais?

Mas.. por que? Se elas me trazem sentimentos “ruins”?

Será que é isso? Será que estou viciado em “ficar mal”?

Percebi que, de certa maneira, sim.

Observei uma parte na minha psique que ADORA sofrer.

Adora ficar no jogo da vítima. 😩

Que se alimenta dos pensamentos de “estou cansado”, “estou com preguiça”, “meu deus, tem muito a ser feito”, “não vou dar conta”.

E parece que quando ativo o modo “zumbi”, quando apenas olho sem enxergar para as redes sociais a esmo, eu alimento essa espiral negativa.

Uma espiral que se alimenta das notificações do celular + tempo em redes sociais.

E se você está lendo até agora, imagino que também sofra dessa programação doentia do inconsciente coletivo.

Se sim, te convido a olhar para o seu celular agora.

Quantos aplicativos lhe enviaram notificações nos últimos 5 minutos? E na última hora?

Melhor ainda: quantas vezes você olhou para a tela do seu celular nos últimos 5 minutos? E na última hora?

Em um dos encontros online do método Hack Life, trabalhamos sobre o “custo benefício” das notificações do celular.

As notificações propiciam doses instantâneas de dopamina para seu macaquinho.

Uma notificação ou interrupção acontece em um instante, mas traz com ela consequências destrutivas.

Estudos comprovam que, a cada distração, demoramos 20 minutos para voltar ao foco no que estávamos fazendo.

O Fernando, um dos astronautas da turma 6, trouxe um insight ainda mais valioso para a discussão:
“Poxa, se eu pego o celular 10 vezes por dia para me distrair, eu instantaneamente “perco” 200 minutos do meu dia.”

Isso mesmo, querido(a) leitor. 200 minutos.

Para facilitar a matemática, são 3 horas e 20 minutos.

E isso para quem pega o celular “apenas” 10 vezes por dia.

Mas é mais fácil falar que você está sem tempo, não é mesmo?

É mais fácil continuar agindo a partir da vítima, do “coitadinho(a)” que não tem tempo para nada.

Não é mesmo?

Modo general: OFF 👮

// virando o jogo e assumindo o controle do seu tempo:

Como em qualquer processo, não espere que você vai conseguir erradicar as redes sociais da sua vida do dia para noite.

Eu nem espero isso.

Eu espero que você aprenda a colocar uma nova intenção quando for utilizá-la.

Como já falamos em diversos textos e aulas do Hack Life: usar as redes sociais como ferramenta, e não deixar elas usarem você.

E assim como toda e qualquer energia desse universo da Matrix, precisamos saber transformá-la.

Fazer o “aikido” e transformar a sombra em luz.

Um conceito simples que pode fazer a diferença na sua semana é o de “viver a vida em modo tela cheia”, que aprendi no blog Zen Habits.

Segundo as palavras do próprio Leo Babauta, autor do blog:

“Imagine que, em tudo o que você faz – seja uma tarefa no trabalho, responder a um email ou mensagem, lavar a louça, ler um artigo ou um livro – essa tarefa fica em tela cheia na sua janela de percepção da consciência. Desse modo, não existe espaço para fazer ou olhar para mais nada.”

“Você apenas habita essa tarefa e fica completamente presente para ela.”

“Aaaaahh, Renato, que papo mais antigo! Essa coisa de “monotarefa” é coisa dos meus pais, que não sabem nem usar o Waze e dirigir ao mesmo tempo.”

Tudo bem, se você está feliz fazendo 8 coisas ao mesmo tempo, continue!

A proposta do Hack Life e da sextaFilosofal não é pregar nada, apenas fazer você refletir.

A partir dessa reflexão, você tem seu livre arbítrio para “programar” a sua vida como quiser.

Do lado de cá, quero compartilhar algumas dicas a partir dos resultados que obtive realizando esse experimento:

#1 tenha clareza do que você quer e que faz sentido para sua jornada

Se você não tem clareza do seu dia, da sua semana, do seu mês, dificilmente você vai conseguir chegar em algum lugar. É possível que você seja tentado a ver a vida de alguém no instagram ao invés de construir a sua própria vida.

Todas as semanas, na segunda pela manhã ou no domingo à noite, eu pego uma folha sulfite em branco e escrevo todas as atividades possíveis e imaginárias que devem que ser feitas.

Desde trocar um espelho de tomada da cozinha até tarefas macro do Hack Life.

Depois de listadas as atividades, eu escrevo algumas perguntas e respondo para mim mesmo:

O que era importante ser feito semana passada que não foi feito?

Qual desculpa estou dando para mim mesmo por não ter feito essa tarefa?

Devo perseguir nessa(s) tarefa(s) ou devo abandoná-la(s)?

O que era importante ser feito semana passada que foi feito com alegria?

O que devo criar essa semana?

O que devo transformar/ destruir essa semana?

O que devo conservar essa semana?

Qual é a inspiração da semana?

Depois disso, eu abro meu calendário da semana e distribuo todas as tarefas, por ordem de importância, sempre deixando uma brecha para imprevistos.

#2 deixar o celular de castigo

Quando tiver uma atividade para ser feita, qualquer que seja, seja dirigir do ponto A ao B, almoçar, tomar café da manhã, responder emails, escrever um projeto, deixe o celular em modo avião de cabeça para baixo.

Se mesmo assim sua mão ficar coçando para pegá-lo, deixe em outra sala ou dentro de uma bolsa, mochila ou gaveta.

O celular deve ser usado nos intervalos de atividades.

Esses 2 passos simples trazem uma mudança sutil, porém poderosa se usados com consistência.

A mente adora falar SIM para tudo que vê pela frente: um novo livro, um novo seriado, ver alguém viajando pra Tailândia no instagram e querer fazer aquilo também, ver alguém fazer um curso de fotografia e sair comprando uma máquina para começar aquele hobby também………

A grande sacada em viver no modo “tela cheia” e deixar o celular de castigo é criar espaços de clareza e foco.

Maior presença, calma, alegria e simplicidade.

As tarefas ganham atenção total e como efeito colateral, ficam bem feitas.

E é essa clareza e esse foco que farão você dizer não.

Não para o medo, incerteza, insegurança.

Não para distrações.

E ao realizar o não, o sim floresce.

Sim para a vida, a alegria, leveza, simplicidade, diversão e abundância.

Sim para a essência. Para nossas verdadeiras necessidades.

Sim para o amor.

Ai sim, estamos falando de “hackear” a vida de verdade. 😉