Na primeira sextaFilosofal de 2018 quero mostrar a você, empiricamente e cientificamente, como e por que temos medo do novo.

Temos medo de confiar.

Temos medo de nos abrir.

Temos medo de entrar no espaço de incertezas e vulnerabilidade que nos fazem crescer tanto.

Temos dificuldade de entender a energia do feminino dentro de nós como algo bom:

A confiança, a entrega, a vulnerabilidade, amabilidade são consideradas como características “fracas”, ainda mais em nosso país. Temos uma programação da sociedade que nos diz o tempo todo que estamos sendo sacaneados, que o próximo vai te ferrar, que a Lei de Gerson impera.

Uma das resoluções desse ano para o Hack Life é que iremos erradicar todo e qualquer gasto com propagandas online para zero (0) até dezembro.

Uma decisão que veio depois de uma reflexão profunda de como gostaria de atuar melhor nesse mundo.

Eu não aguento mais receber emails padrão de “Fórmula do Lançamento”. Parece que as emoções humanas foram comoditizadas.

E pelo visto, vocês também não aguentam mais:

Enquete: “você também não tem mais estômago para ‘emails padrão?”
Eu gosto X Não aguento mais também

(enquete feita no instagram do @hacklifeblog)

Essa decisão nos coloca (eu e a família Hack Life) em uma completa incerteza, insegurança e fora de nossa zona de conforto. Desde 2015, é graças aos gastos em propagandas no Facebook que espalhamos nossa mensagem, e crescemos nossa lista de contatos.

Para erradicar esses gastos até dezembro, a estratégia é simples: ao invés de me utilizar de técnicas de marketing mirabolantes, baseadas em templates, usar da emoção dos usuários, cliques, coisa que fui especialista por muito tempo, decidi fazer exatamente o contrário:
de hoje em diante, só vou escrever a você a partir do coração, da minha essência, da verdade de quem eu sou. Baseado no amor.

Chega de analytics.

Chega de planejamentos financeiros.

Chega de estratégias baratas de marketing.

Chega de tratar quem é importante para mim por números.

Ao invés de gastar tempo e energia escrevendo textos mirabolantes vestindo a máscara do empreendedor marketeiro fodão master blaster, criando autoridade, atacando logicamente todas as suas objeções, instigando suas emoções, o meu compromisso é fazer questão de que estou inteiro a cada momento em que escrevo para você. Fazer com presença, e usar da vulnerabilidade, da entrega, da confiança para me conectar com você em outro nível.

Mas sabe o problema disso? De querer fazer diferente? De olhar o futuro do nível de consciência humana e dar o primeiro passo?

São poucos os que te acompanham.

São poucos os que olham para o medo e tem coragem de avançar, independente dele.

Vou te dar o exemplo prático disso:

Na semana passada, inagurei oficialmente o primeiro workshop presencial do Hack Life para 2018.

Na terça feira (dia 9 jan), fiz um hangout ao vivo exclusivo para os alunos da Hack Life School, onde contei as novidades, e até quinta feira (11 jan) metade das vagas já tinham sido preenchidas.

Beleza, tudo ótimo.

Na segunda feira dessa semana (dia 15), foi vez de enviar para todos os emails de contato do Hack Life, e quis fazer diferente:

Ao invés de simplesmente dar a página descritiva, com um texto de babar, onde eu te convenceria por X, Y ou Z que esse é o workshop certo para você, com todas as artimanhas de marketing, eu enviei um formulário de inscrições. Dessa forma, eu poderia saber exatamente quem era o ser humano por trás da inscrição, e entrei em contato diretamente com cada um, por email, whatsapp e ligações.

O que aconteceu foi muito louco: quase 50 pessoas abriram seus corações no formulário, completamente alinhadas com o escopo do workshop.

Mas no formulário, uma das perguntas era: “O que você sente que te impede de alcançar a vida que você deseja?

Muitos responderam que era: “O medo de tentar o novo”

Ao ligar para uma delas, querendo saber mais sobre como o workshop poderia ajudar, aconteceu algo mais curioso ainda:

Tuuuuu…. Tuuuuu….
“Alô?”
“Alô é @ fulan@ falando??”
“Isso!”
“Oi fulan@! Aqui é o Renato, do Hack Life, tudo bem?”
Tu…Tu….Tu…..Tu…..Tu…. : a pessoa encerrou a ligação e não atendeu de novo.

O “medo de tentar o novo” é tão grande que congela as pessoas.

Essa situação me fez lembrar sobre a diferença entre ser o “surfista” e o “surfeiro”.

Sabe quem é o surfista? É aquele cara que mora na praia, curte a natureza e o surf, surfa todo dia. Para isso, ele só tem 1 bermuda e sua prancha, surradas de anos.

Sabe quem é o “surfeiro”? É aquele que paga de surfista, mas não é. É aquele que compra uma prancha, leva pra praia, e deixa fincada na areia depois de ficar uns 40 minutos na água. É aquele que gasta horrores em camisetas e bermudas de surf, óculos escuros de marcas surfistas, por que quer ter o estilo de vida do surfista, mas não é surfista. (Eu sei disso por que eu era um surfeiro, literalmente. Comprei uma prancha de surf, comecei a tentar surfar e depois de alguns meses larguei, e ela está no depósito até hoje.)

Toda essa experiência me fez questionar:
Quantos dos que acompanham o Hack Life estão realmente dispostos a se transformar?
E quantos são só “transformeiros”?

Quantos realmente querem ir na causa da inquietude, da ansiedade, da falta de conexão consigo mesmo.

Quantos realmente querem mudar seus maus hábitos e estilo de vida, e perceberam que esse é o caminho do sucesso. Ou se só querem mais vídeos, mais livros, mais conteúdo para se distrair.

Se querem desenvolver alegria e plenitude e entender que a produtividade e alta performance virão como consequência. Ou se só querem lotar seu sistema de café para fazer logo “o que tem que ser feito”.

Eu estou aqui, depois de refletir MUITO se escreveria sobre esse assunto tão delicado na primeira sextaFilosofal do ano, ou não. E decidi que foda-se, vou me abrir.

Estou aqui para te ajudar a dar quantos passos forem necessários, sempre ao seu lado.

Eu me entrego a vocês todos os dias. Eu sei o quanto é dificil passar por essas transformacões. Eu passo por elas diariamente, eu sou um ser humano assim como você.

Foram muitos altos e baixos até aqui, até descobrir que é possível passar por isso com mais altos, e menos baixos.

O meu objetivo com o Hack Life é levar isso ao maior número de pessoas possível. Tranformar “transformeiros” em transformados, e consequentemente em transformadores de uma nova realidade.

A rede de astronautas/alunos que construimos me mostra que isso não é utopia.

O Hack Life transforma: mais de 800 pessoas já se uniram para dar o primeiro passo, e seguem essa jornada com coragem, pois entenderam que sua força interior é maior do que qualquer medo, ansiedade ou insegurança.

Seguiremos esse caminho da confiança, da abertura e da entrega, até o final do ano.

Queremos criar grupos que trabalham a mesma confiança, abertura e entrega, que aprendem a conectar-se consigo mesmo e com o outro.

Eu quero te dar a mão para seguirmos juntos…. mas será que você quer me dar a sua?

Ou vou ter que usar a Fórmula do Lançamento?
(por favor nãããão!!!!! hahaha)