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ou desfrute do texto completo a seguir:

Logo em janeiro pudemos ter um gostinho de como 2019 seria: um ano intenso, forte, que não poupou esforços em nos fazer evoluir através de todas as facetas maravilhosas da vida.

Quero deixar registrado a você , que acompanha o Hack Life, a minha mais sincera gratidão e alegria. Sem você , nada do que fazemos seria possível.

Essa é a verdadeira razão social para nós existirmos, servir a você, em sua jornada de reprogramação de corpo, mente e alma.

Para finalizar o ano, nas próximas semanas entraremos em um ritmo mais lento de produção para que 2020 seja tão ou mais glorioso quanto 2019, com intensidade, atitude, entrega e amor.

O episódio de hoje é a republicação de um dos meus favoritos.

Afinal de contas, acredito que às vezes mais vale revisitar conteúdos antigos profundos do que ir atrás de um novo superficial.

Desejo do fundo do meu coração que você aproveite muito esse tempo mágico para aprofundar a relação com você mesmo e sua família, desde seus parentes de sangue até os irmãos que a vida escolhe por nós.

Seguimos viajando, seguimos evoluindo! 👊🏼🙏🏼💜


..
.


☀️😌
| meu cachorro, meu mestre 🐶 🧙

Sou sincero com você. Quando imaginava como seria a vida quando eu tivesse um cachorro, eu visualizava correndo no parque com meu cachorrão, ou imaginava a alegria de ficar jogando a bolinha para ele pegar.

Mas jamais imaginei que a experiência de ter um cãozinho em casa me faria conectar ainda mais com a minha humanidade.

O Hórus chegou em casa com pouco mais de 1 ano de vida.

Antes disso, ele passou por 3 lares diferentes.

A estória que ouvimos foi que ele nasceu em uma fazenda, e, sendo um cão de pastoreio da raça Border Collie, não viam muita utilidade para ele, pois, ao contrário dos outros Border Collies da fazenda, o Hórus sempre foi mais “bonzinho” e não mostrava interesse em pastorear.

Sendo assim, ele ficava sempre preso, largado, e para se alimentar tinha que disputar comida com os outros animais. A melhor oferta para comer geralmente era a lavagem de porco.

Uma amiga nossa, a Pri, é veterinária e foi um belo dia visitar essa fazenda para trabalhar e viu ele todo tristonho e largado em um cantinho.

Preocupada, ela perguntou à proprietária da fazenda:
“Mas… e esse cachorro aqui? Ele não me parece que está sendo bem cuidado! Eu tenho algumas dicas de como vocês podem deixar a vida dele melhor.”

Foi que a dona da fazenda respondeu:

“Se você tá com dó, então pode levar ele!”

E foi assim que o Hórus, que na época não tinha esse nome, foi para o seu segundo lar.

Ele recebeu o nome de Caetano e junto com isso um trato completo. A Pri conta que as pulgas caiam aos montes dele durante o primeiro banho.

Para encurtar um pouco a história, basta dizer que ele passou um tempo de adaptação na casa de um professor da Pri, e depois na casa dela. Mas como ele não se deu bem com os gatos que eles tinham, logo começaram a buscar um novo lar para o, até então, Caetano.

E é ai que entramos na história.


as fotos do instante em que vimos o Hórus pela primeira vez

Do meu lado, eu sempre expressei desejo de ter um cachorro, especialmente um Border Collie, já que eu adoro sair andando todos os dias e correr.

A Pamella, irmã da Pri, sabendo disso, entrou em contato com a Nádia, minha mulher, e contou a estória do Caetano.

E apesar de todo o medo, das incertezas, de sentir que não estávamos prontos, aceitamos.

Foi uma das coisas mais loucas da minha vida, eu estava passando por um baita sufoco financeiro, morando na casa dos meus sogros. Logo me veio a imagem daquelas pessoas largadas que passam a vida inteira morando de favor, e ainda mais levando um cachorro junto….

Poucos dias antes do Caetano chegar em casa, veio um “click” na Nádia e ela falou: “Por que não chamamos ele de Hórus?”

O nome veio na intuição, e logo depois, assistindo ao documentário “O olho de Hórus”, é que entendemos racionalmente a grandeza do nome.

Eu mal sabia aonde a vida estava começando a me levar…

Hórus é a divindade egípcia que representa a iluminação, a ressurreição, a imortalidade e o fim das limitações materiais.

Hórus representa um falcão dourado que tudo vê, que voa livre como um espírito, que de cima consegue ver o drama da vida e a roda de reencarnações, acessando a frequência altíssima do amor e compreendendo a razão de sua existência e as forças fundamentais do universo.

Na mitologia, Hórus é filho de Osíris e Ísis. Ele representa a obra prima, o estado da arte de união entre masculino e feminino. Hórus representa o triunfo da luz sobre a escuridão, o domínio da animalidade original, o fim das limitações materiais, o passo definitivo da ignorância à sabedoria.

E sim, o Hórus é o ser iluminado da casa.

Ele trouxe visão, ordem, amor, clareza, leveza e sensibilidade para nossas vidas.

Ele reforça o elo na união com a minha “Ísis”.

Em menos de 1 mês que adotamos ele, encontramos a casa ideal e mudamos.

Em 3 meses, reinventei o Hack Life e comecei uma espiral ascendente rumo à abundância.

Em 8 meses, paguei boa parte das dívidas que possuía.

Pode parecer exagero falar que foi só meu parceiraço peludo que ajudou com isso, e realmente é.

Sem a minha musa “Isis”– Nádia e sem um bocado de força de vontade da minha parte para acessar o Osíris dentro de mim, para acessar mais uma vez o mundo dos mortos e transformar a minha avareza, mesquinhez, inveja, gula, raiva, ganância e soberba, também não seria possível.

Mas nós 3 nos amplificamos, nos nutrimos e nos amamos. E é esse o catalisador para mudanças grandiosas dentro do nosso cosmos familiar.

Depois de 1 ano e meio nessa jornada, resolvi escrever esse artigo para honrar, agradecer e sentir tudo o que meu amicão me ensina e re-ensina, todos os dias.

O Hórus me ensinou a:

#1 aprender a canalizar a minha energia masculina e a transformar raiva em amor

O Hórus é um serzinho incrivelmente sensível, e medroso. Na fazenda onde ele morava, além de ser renegado, também usavam da violência para tentar “educar” ele.

Isso traz para ele traumas dos mais diversos, e faz dele um cachorro um tanto diferente.

Costumo chamar ele de “minha florzinha”, ou de “meu coração”.

Assim como uma flor: que brota e floresce.

Ou como o coração: que se fecha rapidamente, mas que para abrir é preciso paciência, ternura, sutileza, cuidado e amor, assim também é o Hórus.

Qualquer barulhinho diferente, um estalar de brasa, a chama do isqueiro, um bater de porta, ou mesmo falar com ele quando se está com uma energia raivosa já faz ele abaixar o rabinho e as orelhas e ir direto para a “caverninha” dele debaixo da escada.

Lá, ele fica quietinho, deitado encolhido na posição de raposa, e para fazer ele sair desse estado é necessário todo o cuidado, chegar com sutileza, não olhar nos olhos dele, mostrar com toda a energia que você quer o bem dele, e deixar ele encostar em você.


Hórus com cara de medroso e posição de raposinha

A mesma coisa com pessoas novas em casa.

Especialmente com homens, o Hórus late descontroladamente, até eu chegar, abrir o peito e a energia, mostrar para ele que eu estou lá, que eu tenho a energia da casa, e então peço para a pessoa, devagarzinho, estender a mão para dar o primeiro carinho nele.

Se eu não estou perto para dar o suporte que ele precisa, ele continua latindo descontroladamente.

Demorou um tempo até eu entender que “PARA COM ISSO! NÃO LATE! QUE FEIO! VAI JÁ PRA CASINHA!”…  😡😡😡

Não adianta de porra nenhuma. 😅

Eu só reforçaria o padrão o qual ele foi traumatizado.

Que, por coincidência, ou não, replica exatamente o meu problema com a minha própria energia masculina e uso da raiva.

Quem diria, um cachorro me ensinando a ser mais homem.

#2 ele é um espelho direto da minha energia, estado de espírito e humor

Eu nunca vi um serzinho tão empata (em-pata… não?) na minha vida;

Se eu estou para baixo, no sofá, deitado, ele logo vem me lamber e pedir carinho.


no sofá em um dia daqueles….

Se eu estou feliz, ele está feliz junto.

Se estou trabalhando no escritório, mas já sem tesão e precisando de um descanso, logo recebo um focinho carente na minha perna. É a deixa para relaxar um pouco e curtir meu momento com ele.

Além de me ensinar de forma direta que o meu humor e a minha energia afeta o humor e a energia de todos a meu redor, ele me ensinar a honrar o meu corpo e dar o descanso na hora certa.

#3 ele está sempre pronto, e sabe muito bem o que o faz feliz.

Acho que a maior vantagem de ser cachorro é estar sempre pronto.

“Hórus, vamos passear?”
“Hórus, cadê a bolinha?”
“Hórus, vamos papar?”

Não precisa trocar de roupa, não precisa escovar o dente, pentear o cabelo, colocar o tênis, nada.

Ele já está lá, com um sorrisão no rosto, linguão de fora, e abanando o rabão.

Ver o Hórus sempre disposto, pronto e disponível para o que ele mais gosta, me fez olhar e atentar para o meu lado preguiçoso e de má vontade com a vida.

Me fez entender e celebrar as atividades que realmente amo fazer e que me energizam.

#4 sempre se espreguiçar

Raramente o Hórus levanta abruptamente do chão. Com raras exceções, quando não tem uma bolinha na área, ele levante, estica as patas, e logo se espreguiça e boceja, como quem diz:

“Ok preguiça, você já fez seu papel, agora é hora de me mexer.”

Depois de longas horas sentado no computador, ao levantar, quase sempre me deparo com o Hórus também levantando e se espreguiçando.

É nessa hora que entendo que também devo fazer o mesmo.

#5 ele é autêntico e expressivo

Do mesmo modo como ele sabe muito bem o que faz bem à ele, ele expressa de forma igual o que ele não gosta.

Basta pegar a mangueira do quintal para aguar as plantas e pronto… o bicho some.

E nem adianta explicar que a água não é para ele dessa vez.

Quando preciso do meu espaço sozinho dentro de casa e mando ele ir “brincar lá fora”, ele olha para trás com cara de coitadinho e rabinho entre as pernas e caminha sem vontade para fora.

#6 ele mostra que a vida é muito mais gostosa com uma matilha para te acompanhar

A autenticidade do Hórus se faz também quando saímos de casa: ele não consegue nem “fingir” que está feliz.

Deixamos ele na caminha dele, com uma bolinha e água, mas ele não liga pra nada. Fica emburrado e esnobe, de cabeça baixa e olha pra gente com o rosto torcido, se recusando a encarar de frente, nem para dar “tchau”.


mãozinha na esquerda na tentativa inútil de carinho

Enquanto estamos fora de casa, ele não toma água nem come.

Certa vez ouvi dizer que é por que os cachorros não entendem que nós voltamos quando saímos. Para eles, sair é sinal de abandono eterno, e eles logo ligam um mecanismo de sobrevivência, estocando água e comida para emergências.

Vai saber… quem sabe os cães da matilha sejam realmente mais fiéis do que nós, e nunca se distanciam mais do que o necessário para caçar.

Em compensação, quando voltamos para casa, é uma festa só.

Toda vez, sem exceção. Podemos sair por 15 minutos ou 10 horas, a festa é igual.

Nunca tem “festinha”. É lambida, abraço, uivos de alegria, rabão balançando na velocidade máxima e sorrisão. O focinho fica desesperado na nossa mão pedindo carinho e afeto, pula, corre, pega a bolinha… todo o ritual completo.


eu gosto de pular no colo da mamãe com a bolinha!

O Hórus me fez ficar presente para a alegria que é cumprimentar com gosto alguém amado, não importa quanto tempo eu fiquei sem ver aquela pessoa, 15 minutos ou 3 anos. Sempre abrindo um sorrisão e com um beijo e abraço bem dado.

Comecei fazendo pelo outro, e logo percebi que eu era beneficiado em pelo menos 100x da energia que voltava.

Mestre Hórus Pócus, você é bom hein bicho?

E com a matilha completa, a vida em casa é completamente diferente.

O Hórus é um enquanto está só comigo.

É outro enquanto está só com a Nádia.

E é completo quando estamos todos juntos em casa.

E….estranho né? Mas é exatamente o mesmo sentimento que tenho.

Com ele, pude perceber a verdadeira maravilha de uma família junta, unida.

Eu também fico completo quando estamos todos juntos em casa.

Se eu tenho essa sensação com ele, imagino quando vierem meus filhos.

Quem sabe ele só não esteja preparando o terreno, me ensinando a ser um homem melhor? Eu tenho certeza que sim.

#7 aprender a se comunicar além das palavras

Finalmente, a maior lição que o mestre Hórus Pókus me ensina, todos os dias, é ser impecável com minhas palavras, ações e intenções.

Ele sabe melhor do que ninguém sentir o cheiro da mentira.

Sem falar nada, ele sabe quando vamos passear a pé ou de carro.

Quando vamos a pé, ele vai direto para o portão esperar.

Quando vamos de carro, ele fica esperando na porta do carro.

Eu já fiz o teste.

Quando ele está no carro, eu vou para o portão e chamo: “Hórus, hoje a gente vai a pé!”

E nada. Ele não sai de lá.

Do mesmo modo, quando falamos as palavras sagradas “Hórus, vamos passear?” à esmo, para tentar tirar ele da caverninha, ou quando pedimos “Hórus, pega a bolinha!” para dar banho nele, ele não se mexe.

A comunicação com ele transcende as palavras.

É quase telepática.

É mais do que mente para mente.

É de coração para coração.

Se a minha intenção é nobre e correta, carregada da energia do amor, ele vem, sem pestanejar.

Se vem da mente mentirosa, mesquinha, carente e manipuladora, não rola.

Se a raiva toma conta do meu ser, porque ele não quer me obedecer por exemplo, eu logo aprendi que gritar, bater, não adianta em nada.

O melhor que posso fazer é respirar, caminhar, sentir toda aquela raiva em sua plenitude passando pelo coração com toda a dor que ela pode causar, para então ela se transformar.

Só então eu recomeço a interação com ele, centrado em minhas virtudes e valores.

Até nisso o mestre Hórus Pókus me ajuda.

A elevar a minha energia e aprender a demonstrar a minha liderança a partir do amor, e não da raiva.

Quando olho fundo nos olhos marrons dele, e vejo tamanha alegria, honra, fidelidade, lealdade e carinho, penso que talvez eu nunca seja o ser humano perfeito que ele enxerga que eu seja.

Dizem por ai que a maior qualidade dos gurus espirituais (os que são realmente iluminados) é servir como um receptáculo transparente para a consciência divina, como se fosse um cristal.

Ao olhar o guru, enxergamos a nós mesmos, como um espelho.

É esse espelho que nos faz acordar para a nossa real natureza, o infinito do cosmos dentro de cada ser.

Para o bem ou para o mal, ver a minha luz e sombra através do Hórus todos os dias faz dele o meu mestre.

Um mestre canino que me ensina a lapidar o amor humano dentro de mim.

Ou seria só… amor?


Hórus com um dos seus brinquedos preferidos, a tampa de um balde

Seguimos viajando, com atitude, entrega e amor. 👊🙏♥

Renato

<🎙️/> {clique para ouvir em podcast}

Sou sincero com você. Quando imaginava como seria minha vida quando eu tivesse um cachorro, eu me visualizava correndo no parque com meu cachorrão ao meu lado, ou então a alegria de ficar jogando a bolinha para ele pegar.

Mas eu jamais imaginei que a experiência de ter um cãozinho em casa me faria conectar ainda mais com a minha humanidade.

O Hórus chegou em casa com pouco mais de 1 ano de vida.

Nesse ano e meio, antes de adotarmos ele, ele passou por 3 lares diferentes.

A estória que ouvimos foi que ele nasceu em uma fazenda, e, sendo um cão da raça Border Collie, um cão de pastoreio, não viam muita utilidade para ele, pois, ao contrário dos outros Border Collies da fazenda, o Hórus sempre foi mais “bonzinho” e não mostrava interesse em pastorear.

Sendo assim, ele ficava sempre preso, largado, e para se alimentar tinha que disputar comida com os outros animais. A melhor oferta para comer geralmente era a lavagem de porco.

Uma amiga nossa, a Pri, é veterinária e foi um belo dia visitar essa fazenda para trabalhar e viu ele todo tristonho e largado em um cantinho.

Preocupada, ela perguntou à proprietária da fazenda:
“Mas… e esse cachorro aqui? Ele não me parece que está sendo bem cuidado! Eu tenho algumas dicas de como vocês podem deixar a vida dele melhor.”

Foi que a dona da fazenda respondeu:

“Se você tá com dó, então pode levar ele!”

E foi assim que o Hórus, que na época não tinha esse nome, foi para o seu segundo lar.

Ele recebeu o nome de Caetano e junto com isso um trato completo. A Pri conta que as pulgas caiam aos montes dele durante o primeiro banho.

Para encurtar um pouco a história, basta dizer que ele passou um tempo de adaptação na casa de um professor da Pri, e depois na casa dela. Mas como ele não se deu bem com os gatos que eles tinham, logo começaram a buscar um novo lar para o, até então, Caetano.

E é ai que entramos na história.


as fotos do instante em que vimos o Hórus pela primeira vez

Do meu lado, eu sempre expressei desejo de ter um cachorro, especialmente um Border Collie, já que eu adoro sair andando todos os dias e correr.

A Pamella, irmã da Pri, sabendo disso, entrou em contato com a Nádia, minha mulher, e contou a estória do Caetano.

E apesar de todo o medo, das incertezas, de sentir que não estávamos prontos, aceitamos.

Foi uma das coisas mais loucas da minha vida, eu estava passando por um baita sufoco financeiro, morando na casa dos meus sogros. Logo me veio a imagem daquelas pessoas largadas que passam a vida inteira morando de favor, e ainda mais levando um cachorro junto….

Poucos dias antes do Caetano chegar em casa, veio um “click” na Nádia e ela falou: “Por que não chamamos ele de Hórus?”

O nome veio na intuição, e logo depois, assistindo ao documentário “O olho de Hórus”, é que entendemos racionalmente a grandeza do nome.

Eu mal sabia aonde a vida estava começando a me levar…

Hórus é a divindade egípcia que representa a iluminação, a ressurreição, a imortalidade e o fim das limitações materiais.

Hórus representa um falcão dourado que tudo vê, que voa livre como um espírito, que de cima consegue ver o drama da vida e a roda de reencarnações, acessando a frequência altíssima do amor e compreendendo a razão de sua existência e as forças fundamentais do universo.

Na mitologia, Hórus é filho de Osíris e Ísis. Ele representa a obra prima, o estado da arte de união entre masculino e feminino. Hórus representa o triunfo da luz sobre a escuridão, o domínio da animalidade original, o fim das limitações materiais, o passo definitivo da ignorância à sabedoria.

E sim, o Hórus é o ser iluminado da casa.

Ele trouxe visão, ordem, amor, clareza, leveza e sensibilidade para nossas vidas.

Ele reforça o elo na união com a minha “Ísis”.

Em menos de 1 mês que adotamos ele, encontramos a casa ideal e mudamos.

Em 3 meses, reinventei o Hack Life e comecei uma espiral ascendente rumo à abundância.

Em 8 meses, paguei boa parte das dívidas que possuía.

Pode parecer exagero falar que foi só meu parceiraço peludo que ajudou com isso, e realmente é.

Sem a minha musa “Isis”– Nádia e sem um bocado de força de vontade da minha parte para acessar o Osíris dentro de mim, para acessar mais uma vez o mundo dos mortos e transformar a minha avareza, mesquinhez, inveja, gula, raiva, ganância e soberba, também não seria possível.

Mas nós 3 nos amplificamos, nos nutrimos e nos amamos. E é esse o catalisador para mudanças grandiosas dentro do nosso cosmos familiar.

Depois de 1 ano e meio nessa jornada, resolvi escrever esse artigo para honrar, agradecer e sentir tudo o que meu amicão me ensina e re-ensina, todos os dias.

O Hórus me ensinou a:

#1 aprender a canalizar a minha energia masculina e a transformar raiva em amor

O Hórus é um serzinho incrivelmente sensível, e medroso. Na fazenda onde ele morava, além de ser renegado, também usavam da violência para tentar “educar” ele.

Isso traz para ele traumas dos mais diversos, e faz dele um cachorro um tanto diferente.

Costumo chamar ele de “minha florzinha”, ou de “meu coração”.

Assim como uma flor: que brota e floresce.

Ou como o coração: que se fecha rapidamente, mas que para abrir é preciso paciência, ternura, sutileza, cuidado e amor, assim também é o Hórus.

Qualquer barulhinho diferente, um estalar de brasa, a chama do isqueiro, um bater de porta, ou mesmo falar com ele quando se está com uma energia raivosa já faz ele abaixar o rabinho e as orelhas e ir direto para a “caverninha” dele debaixo da escada.

Lá, ele fica quietinho, deitado encolhido na posição de raposa, e para fazer ele sair desse estado é necessário todo o cuidado, chegar com sutileza, não olhar nos olhos dele, mostrar com toda a energia que você quer o bem dele, e deixar ele encostar em você.


Hórus com cara de medroso e posição de raposinha

A mesma coisa com pessoas novas em casa.

Especialmente com homens, o Hórus late descontroladamente, até eu chegar, abrir o peito e a energia, mostrar para ele que eu estou lá, que eu tenho a energia da casa, e então peço para a pessoa, devagarzinho, estender a mão para dar o primeiro carinho nele.

Se eu não estou perto para dar o suporte que ele precisa, ele continua latindo descontroladamente.

Demorou um tempo até eu entender que “PARA COM ISSO! NÃO LATE! QUE FEIO! VAI JÁ PRA CASINHA!”…  😡😡😡

Não adianta de porra nenhuma. 😅

Eu só reforçaria o padrão o qual ele foi traumatizado.

Que, por coincidência, ou não, replica exatamente o meu problema com a minha própria energia masculina e uso da raiva.

Quem diria, um cachorro me ensinando a ser mais homem.

#2 ele é um espelho direto da minha energia, estado de espírito e humor

Eu nunca vi um serzinho tão empata (em-pata… não?) na minha vida;

Se eu estou para baixo, no sofá, deitado, ele logo vem me lamber e pedir carinho.


no sofá em um dia daqueles….

Se eu estou feliz, ele está feliz junto.

Se estou trabalhando no escritório, mas já sem tesão e precisando de um descanso, logo recebo um focinho carente na minha perna. É a deixa para relaxar um pouco e curtir meu momento com ele.

Além de me ensinar de forma direta que o meu humor e a minha energia afeta o humor e a energia de todos a meu redor, ele me ensinar a honrar o meu corpo e dar o descanso na hora certa.

#3 ele está sempre pronto, e sabe muito bem o que o faz feliz.

Acho que a maior vantagem de ser cachorro é estar sempre pronto.

“Hórus, vamos passear?”
“Hórus, cadê a bolinha?”
“Hórus, vamos papar?”

Não precisa trocar de roupa, não precisa escovar o dente, pentear o cabelo, colocar o tênis, nada.

Ele já está lá, com um sorrisão no rosto, linguão de fora, e abanando o rabão.

Ver o Hórus sempre disposto, pronto e disponível para o que ele mais gosta, me fez olhar e atentar para o meu lado preguiçoso e de má vontade com a vida.

Me fez entender e celebrar as atividades que realmente amo fazer e que me energizam.

#4 sempre se espreguiçar

Raramente o Hórus levanta abruptamente do chão. Com raras exceções, quando não tem uma bolinha na área, ele levante, estica as patas, e logo se espreguiça e boceja, como quem diz:

“Ok preguiça, você já fez seu papel, agora é hora de me mexer.”

Depois de longas horas sentado no computador, ao levantar, quase sempre me deparo com o Hórus também levantando e se espreguiçando.

É nessa hora que entendo que também devo fazer o mesmo.

#5 ele é autêntico e expressivo

Do mesmo modo como ele sabe muito bem o que faz bem à ele, ele expressa de forma igual o que ele não gosta.

Basta pegar a mangueira do quintal para aguar as plantas e pronto… o bicho some.

E nem adianta explicar que a água não é para ele dessa vez.

Quando preciso do meu espaço sozinho dentro de casa e mando ele ir “brincar lá fora”, ele olha para trás com cara de coitadinho e rabinho entre as pernas e caminha sem vontade para fora.

#6 ele mostra que a vida é muito mais gostosa com uma matilha para te acompanhar

A autenticidade do Hórus se faz também quando saímos de casa: ele não consegue nem “fingir”que está feliz.

Deixamos ele na caminha dele, com uma bolinha e água, mas ele não liga pra nada. Fica emburrado e esnobe, de cabeça baixa e olha pra gente com o rosto torcido, se recusando a encarar de frente, nem para dar “tchau”.


mãozinha na esquerda na tentativa inútil de carinho

Enquanto estamos fora de casa, ele não toma água nem come.

Certa vez ouvi dizer que é por que os cachorros não entendem que nós voltamos quando saímos. Para eles, sair é sinal de abandono eterno, e eles logo ligam um mecanismo de sobrevivência, estocando água e comida para emergências.

Vai saber… quem sabe os cães da matilha sejam realmente mais fiéis do que nós, e nunca se distanciam mais do que o necessário para caçar.

Em compensação, quando voltamos para casa, é uma festa só.

Toda vez, sem exceção. Podemos sair por 15 minutos ou 10 horas, a festa é igual.

Nunca tem “festinha”. É lambida, abraço, uivos de alegria, rabão balançando na velocidade máxima e sorrisão. O focinho fica desesperado na nossa mão pedindo carinho e afeto, pula, corre, pega a bolinha… todo o ritual completo.


eu gosto de pular no colo da mamãe com a bolinha!

O Hórus me fez ficar presente para a alegria que é cumprimentar com gosto alguém amado, não importa quanto tempo eu fiquei sem ver aquela pessoa, 15 minutos ou 3 anos. Sempre abrindo um sorrisão e com um beijo e abraço bem dado.

Comecei fazendo pelo outro, e logo percebi que eu era beneficiado em pelo menos 100x da energia que voltava.

Mestre Hórus Pócus, você é bom hein bicho?

E com a matilha completa, a vida em casa é completamente diferente.

O Hórus é um enquanto está só comigo.

É outro enquanto está só com a Nádia.

E é completo quando estamos todos juntos em casa.

E….estranho né? Mas é exatamente o mesmo sentimento que tenho.

Com ele, pude perceber a verdadeira maravilha de uma família junta, unida.

Eu também fico completo quando estamos todos juntos em casa.

Se eu tenho essa sensação com ele, imagino quando vierem meus filhos.

Quem sabe ele só não esteja preparando o terreno, me ensinando a ser um homem melhor? Eu tenho certeza que sim.

#7 aprender a se comunicar além das palavras

Finalmente, a maior lição que o mestre Hórus Pókus me ensina, todos os dias, é ser impecávelcom minhas palavras, ações e intenções.

Ele sabe melhor do que ninguém sentir o cheiro da mentira.

Sem falar nada, ele sabe quando vamos passear a pé ou de carro.

Quando vamos a pé, ele vai direto para o portão esperar.

Quando vamos de carro, ele fica esperando na porta do carro.

Eu já fiz o teste.

Quando ele está no carro, eu vou para o portão e chamo: “Hórus, hoje a gente vai a pé!”

E nada. Ele não sai de lá.

Do mesmo modo, quando falamos as palavras sagradas “Hórus, vamos passear?” à esmo, para tentar tirar ele da caverninha, ou quando pedimos “Hórus, pega a bolinha!” para dar banho nele, ele não se mexe.

A comunicação com ele transcende as palavras.

É quase telepática.

É mais do que mente para mente.

É de coração para coração.

Se a minha intenção é nobre e correta, carregada da energia do amor, ele vem, sem pestanejar.

Se vem da mente mentirosa, mesquinha, carente e manipuladora, não rola.

Se a raiva toma conta do meu ser, porque ele não quer me obedecer por exemplo, eu logo aprendi que gritar, bater, não adianta em nada.

O melhor que posso fazer é respirar, caminhar, sentir toda aquela raiva em sua plenitude passando pelo coração com toda a dor que ela pode causar, para então ela se transformar.

Só então eu recomeço a interação com ele, centrado em minhas virtudes e valores.

Até nisso o mestre Hórus Pókus me ajuda.

A elevar a minha energia e aprender a demonstrar a minha liderança a partir do amor, e não da raiva.

Quando olho fundo nos olhos marrons dele, e vejo tamanha alegria, honra, fidelidade, lealdade e carinho, penso que talvez eu nunca seja o ser humano perfeito que ele enxerga que eu seja.

Dizem por ai que a maior qualidade dos gurus espirituais (os que são realmente iluminados) é servir como um receptáculo transparente para a consciência divina, como se fosse um cristal.

Ao olhar o guru, enxergamos a nós mesmos, como um espelho.

É esse espelho que nos faz acordar para a nossa real natureza, o infinito do cosmos dentro de cada ser.

Para o bem ou para o mal, ver a minha luz e sombra através do Hórus todos os dias faz dele o meu mestre.

Um mestre canino que me ensina a lapidar o amor humano dentro de mim.

Ou seria só… amor?


Hórus com um dos seus brinquedos preferidos, a tampa de um balde

Seguimos viajando, com atitude, entrega e amor. 👊🙏♥

Renato