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Astor tem seus 30 anos de idade, um jovem moderno do século 21.

De uns anos para cá, ele se percebeu incomodado com a vida que leva.

Ele olha ao seu redor e vê que o mundo já não é mais o mesmo.

Por onde passa, observa muito medo em relação à economia e política, junto a uma competição sem sentido por empregos que não estão alinhados a sua essência. Em algum momento disseram para ele que, para ser bem sucedido, é preciso correr atrás do dinheiro e somente isso importa.

Ele carrega essa programação até hoje.

Astor trabalha das 7h as 19h para produzir como uma máquina e mal tem tempo para almoçar.

Sente-se esgotado e desmotivado, tem tido dificuldade em focar em suas obrigações e quando percebe o dia já passou.

Percebe que não fez metade das atividades que deveria ter concluído e, para resolver isso, acaba trabalhando em casa depois do expediente e deixa de lado aquilo que mais gosta de fazer como praticar atividades físicas para ter mais saúde e disposição, nutrir suas relações de forma genuína, fazer aquela viagem para recarregar as energias ou simplesmente ir no parque passear, ler um livro, fazer algo que eleve sua energia e bem estar.

Se sente desconectado e não consegue enxergar a conectividade entre tudo e todos e seu papel na teia da vida. Às vezes até se irrita com quem vem com esse papo “hippie besta e hipócrita”.

Como é de se esperar, dorme tarde e dorme mal, acorda pior do que foi dormir e isso faz com que tenha dificuldade em lidar com os sentimentos e emoções que surgem com mais um dia de trabalho.

Em algum momento, Astor achou que comprar um cachorro iria ajudar a ter companhia, mas o que acontece é que o bichinho fica em casa quase o dia inteiro sozinho, o que faz Astor comprar “brinquedinhos” para suprir essa falta de tempo com ele.

Esse modo de levar a vida gera uma ansiedade enorme, e Astor acaba descontando na comida.

Inconscientemente come errado e acha que testando a dieta da moda vai resolver o problema, afinal, falaram pra ele que o “vilão atual é o glúten e a lactose”...

De repente, Astor se percebe completamente dominado pela mente em uma espiral negativa de pensamentos que não consegue fugir.

Para amenizar essa dor, gasta preciosas horas nas rede sociais, acreditando que elas lhe trarão algum benefício. Lá, parece que todos seus amigos estão felizes, decididos e de bem com a vida.

Ver os outros é maravilhoso… mas…. falta energia interna para realizar o mesmo.

Astor já não sabe mais quem ele é, do que ele gosta, no que ele é bom e não sabe como sair dessa situação. Ele sabe que precisa mudar, que a vida não é isso, mas…. tem medo de arriscar, mudar, tentar algo novo. Ele se percebe enjaulado, como se fosse um macaquinho domesticado. 🙈

O mundo moderno o fez desconectar de si mesmo, a ponto de não saber mais quais são suas reais necessidades, e quais são as suas distrações.

Nesse ponto, Astor já acumulou uma série de maus hábitos que o mantém nessa zona negativa de insegurança e sonha com o dia em que quebrará esse ciclo vicioso negativo.

Como recebeu de programação da sociedade, ele busca incessantemente uma fórmula mágica, um “hack” mirabolante para acabar com a sua dor, que a sua mente insiste em falar que acontecerá em um “click”, do dia pra noite…

Ele começou a investir pesado em cursos e mais cursos, livros e mais livros só para se perceber no mesmo lugar de sempre.

Ele olha no espelho e continua se vendo como um menino no corpo de um homem.

Parece que o vazio nunca acaba.

Cadê a pílula mágica azul que me prometeram para sair da MATRIX? 😫

“Uma longa jornada começa com um primeiro passo.” – Lao Tse

E aí vem o Astor novamente e diz: “Mas qual o primeiro passo? Não sei o que fazer, tenho medo de gastar o dinheiro que tenho e acabo procrastinando, adiando o que tenho que fazer.”

Como Steve Jobs dizia: “Temos uma tendência em focar naquilo que é urgente ao invés do que é importante. Isso acontece porque, normalmente, o mais importante nos faz sentir desconfortáveis, e muitas vezes traz chances de fracasso ou dor.”

O primeiro passo de Astor é se autoconhecer.

Mas isso só vai acontecer quando Astor despertar dessa “normose” a qual ele mesmo se colocou.

O que separa o Astor procrastinador, inseguro e sem energia, do Astor que é produtivo, enérgico, feliz com a vida e em paz consigo mesmo, é ele próprio.

A mente sempre vai enganá-lo encontrando desculpas como “não tenho grana”, “não tenho tempo” ou “não tenho motivação”.

Enquanto ele mesmo não perceber isso, que ele é refém da sua própria mente e que são seus próprios medos e crenças que o fazem estar como está, nada poderá ser feito.

Somente o Astor é responsável por sua própria vida e pelo que acontece com ela.

Se você se identificou com o Astor, saiba que não é o(a) único(a), e você não está sozinho(a).

Infelizmente, isso é mais comum e frequente do que parece, mas sim, é possível reverter essa situação.

Quando Astor aceita sua situação presente, seu próximo passo é parar de ficar buscando algo externo para preencher seu vazio interno.

É necessário voltar a atenção para o sistema de corpo, mente e alma e aprender técnicas e ferramentas para reprogramar sua vida e viver de forma mais leve, simples, divertida e equilibrada.

Essa leveza fará aos poucos um verdadeiro RESET em seus maus hábitos e Astor estará pronto para reiniciar seu sistema com um novo estilo de vida.

A mente condicionada ocidental está começando a descobrir hoje, o que a sabedoria milenar de escolas filosóficas como o Yoga e o Ayurveda ensinam há milhares de anos: que a felicidade é um estado de espírito interno.

O problema é que, devido ao modo como fomos condicionados pela “imaginação coletiva”, aprendemos que a felicidade está condicionada a algo ou uma situação externa, do tipo:

O dia em que o Brasil for campeão a economia vai girar e eu vou ser feliz.
O dia em que eu encontrar o meu propósito eu vou ser feliz.
O dia em que eu morar fora do país eu vou ser feliz.
O dia em que eu estiver casado(a) eu vou ser feliz.
O dia em que eu comprar uma casa na praia eu vou ser feliz.
O dia em que eu me formar eu vou ser feliz………
O que em que eu __________. (preencha você mesmo com a sua ilusão)

Desculpe a sinceridade, mas a felicidade verdadeira não está condicionada a nada externo. O nome disso é prazer, e é um estado efêmero.

Prazer não é felicidade.

A felicidade é uma escolha. E ela está acessível a todo momento para você.

Se você é feliz em primeiro lugar, a vida prospera. Do contrário, a vida empaca.

A felicidade genuína é algo que brota e floresce naturalmente dentro de você.

E reprogramar a mente para esse estado novo requer tempo, conexões, amor, carinho, leveza, aceitação, atitude e entrega.

Requer construir virtudes e valores.

Requer fazer o trabalho de formiguinha, devagarzinho. Um passo de cada vez.

Requer conhecer e aplicar ciências ancestrais para o estilo de vida moderno.

Com pé no chão. Sem se perder em um suposto “ego espiritual”.

Requer aprender o que é a energia.

Requer voltar a questionar:
“O que sou? Para onde vou? Como posso me desenvolver a serviço do mundo?”

ao invés de
“Quando sai o próximo iPhone? Quando vou morar fora do país?”

Requer sentir a vida pulsando em você, e aceitar isso em todo o seu ser, não só com a sua mente.

Será que teremos coragem de se fundir no universo?

Espero que sim.

Enquanto isso, aproveitamos a superfície com sabedoria. 👨‍🚀🌌

Nos vemos na próxima sexta. 👊🙏♥