Essa semana me peguei refletindo sobre o que a “cura” significa…
Na minha lógica limitante de engenheiro, a “cura” seria algo binário: 0 ou 1, preto ou branco.
Ou você está curado ou não está.
Você pega uma gripe, toma um remédio, espera alguns dias e pronto: você está curado.
Mas desde que comecei a investigar melhor o SER, e não dar tanta atenção para o que a mente fala sobre ele, comecei a perceber quão não-binária é essa tal de “cura”…
Cada impressão, cada pensamento, cada doença no corpo é como se fosse uma tatuagem. Uma vez instaurada, o corpo vai guardar essa memória para sempre.
É como os anticorpos formados depois de doenças como catapora, sarampo…
Uma vez que seu corpo conseguiu vencer a batalha contra a doença, ele carrega com ele a “fórmula mágica” para impedir que aquilo se instaure novamente em você.
O mesmo acontece com pensamentos e traumas.
Qualquer pessoa que já tenha passado por uma situação traumática, seja ela qual for, sabe muito bem o que estou falando.
A memória psíquica está lá no corpo, pronta para ser acessada quando quiser.
Ao lembrar da situação, o download de toda a carga emocional pertencente à ela vem facilmente à nós.
É como se estivéssemos revivendo o passado através das emoções.
< “superar” o trauma, significa compreender e aceitar as situações pelas quais passamos e não deixá-las tomarem conta do nosso ser. />
Ele sempre vai estar ali, faz parte da sua estória. Você nunca vai conseguir apagar o que passou, muito menos negar.
Mas assim como os anticorpos, você vai aprender uma nova “fórmula mágica” (um antivírus ;D) para entender os mecanismos que fodem com a sua vida e simplesmente não dar mais atenção à eles.
Isso é a cura: criar consciência das programações ultrapassadas que existem dentro de você e não se identificar mais com elas.
Conhecer o hardware biológico que você habita à cada dia para ganhar cada vez mais presença dentro dele.
Aceitar que não existe perfeição, só existe consciência =)