Nessa sexta quero lhe propor um convite.

Te convido a fechar os olhos agora e imaginar como seria a sua vida ideal.

O que falta hoje na sua vida que lhe faria mais feliz?

Feche os olhos e imagine: faça isso por algumas respirações.

Só então volte a esse texto, senão vai perder a graça do experimento ;D

E ai? conseguiu?

Agora, tente perceber quanto do que você imaginou pertence a algo externo.

Quer esse algo seja de um filme ou de alguém que você admira pelas redes sociais.

Não precisa saber exatamente aonde foi, basta que você saiba dizer se sim, que já viu isso em algum lugar, ou não.

Agora, pense em sua vida como ela realmente é.

Quais aspectos dela não lhe agradam?

Se precisar, feche os olhos novamente e traga seus descontentamentos à tona.

Finalmente, tente observar se a situação ideal futura “daria um jeito” nessa situação presente que não lhe agrada.

Não sou mágico, mas ouso dizer que provavelmente sim.

Agora sim, vem a parte que você está esperando da sexta filosofal:

< sabe a parte que não lhe agrada?
ela é exatamente o que você precisa passar agora, e é ela quem vai lhe prover ensinamentos para conseguir amadurecer e desenvolver força o suficiente para realizar a felicidade que você tanto busca. />

E mais: quando você conseguir observar tudo o que não lhe agrada e transformar sua atitude em relação à isso como oportunidades para o desenvolvimento, sua vida ganhará uma nova dimensão.

“como assim? to confus@! se tem algo que eu não gosto, não preciso acabar com ele?”

Caro leitor@, existe uma grande diferença entre “acabar” com uma situação que não lhe agrada e “lidar” com ela.

Os condicionamentos que rodam no plano de fundo da psique geralmente nos levam a um caminho extremo.

Eles fazem com que a mente crie soluções cômicas para nossas insatisfações:

Não está feliz com seu emprego?

Sua mente lhe seduzirá, falando:

“olhe só esses blogueiros que viajam o mundo com o emprego dos sonhos. isso vai resolver meus problemas! vou largar tudo, criar um negócio online, alugar uma kombi e ser feliz.”

Não está satisfeito com seu relacionamento atual?

“olha só todas essas pessoas que tem um relacionamento incrível, que nunca brigam entre si. tá na hora de terminar tudo e procurar um nov@ companheir@.”

Está casado e falta alguma coisa?

“olha só, todas essas pessoas que estão tendo filhos agora, eles parecem tããão felizes! talvez se eu tiver um filho eu vou ser feliz. (ou quem sabe um cachorro)”

Não é preciso alongar na conversa para perceber como são os artifícios da sua mente que não quer lidar com a profundidade, que não quer amadurecer.

Perceba, esse texto não é um convite para permanecer na infelicidade: às vezes é necessário sim trocar de emprego ou terminar relacionamentos.

Tampouco é um convite ao conformismo. Devemos sim avançar na vida, impulsionar mudanças, sonhar, ter ideais e propósito no que fazemos para transformar o planeta em um lugar melhor.

O convite para reflexão aqui é perceber que, na maioria das vezes o que ocorre é que acabamos confundindo a nossa estória com a estória do outro.

Acabamos confundindo a nossa vida real, a nossa jornada, com projeções idealizadas da mente.

E que no fundo no fundo são só….. projeções….. ilusões…..

Que de nada lhe servirão para fazer o seu melhor hoje, no aqui e no agora.

Esse texto também não lhe fará mais feliz, não te deixará mais próximo da vida ideal projetada que está rodando ai no seu plano de fundo, a não ser que você compreenda a mensagem e mude sua postura.

// como começar?

O primeiro passo é voltar sua atenção para o presente. Entender os mecanismos de sua mente, e como eles funcionam.

A mente nada mais é do que uma manifestação sutil do nosso ser: é completamente natural para um ser humano ter uma mente pensante.

E, como tal, não existe nada mais natural para a mente do que ter pensamentos.

O seu trabalho enquanto ser humano é adotar uma nova postura e apenas observar a sua natureza se manifestando: no caso, observar seus pensamentos.

Feche os olhos, e foque a atenção na respiração. Sinta o ar frio que entra, o ar quente que sai.

Sua mente fará de tudo para te levar a uma espiral de pensamentos. E não tem problema, já vimos que isso é natural.

( não sei quem veio com a estorinha de que meditação é “não ter pensamentos”)

O seu trabalho é simples: ancorar sua atenção na respiração, não importa quantas vezes sua mente lhe tire do caminho.

Ela pode te enganar, pensando que você está fazendo errado, criando coceiras pelo corpo, inquietações, vontade de checar seu celular, de enviar uma mensagem, mas tudo isso faz parte da natureza e do jogo dela.

Seu papel é sempre o mesmo: colocar a atenção na respiração. o ar frio que entra, o ar quente que sai.

Comece com apenas 1 minuto por dia, aos poucos vá incrementando de acordo com a sua necessidade.

Logo você vai começar a perceber como é gostoso utilizar a mente como ferramenta, ao invés de ser usado por ela ;D