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Como qualquer construção imaginária que precisa de crenças para existir, o mundo do empreendedorismo também tem as suas próprias “leis”. A grande maioria delas ainda baseada em um modelo mental ultrapassado, baseado no medo e na escassez.

Hoje separei uma delas para filosofar, e entender como podemos transcender e reprogramá-la para uma lógica de amor e abundância.

“você é a média das 5 pessoas que convive”  👨‍🔧👩‍🍳👨‍✈️👩‍💻👨‍💼

Com certeza você já deve ter ouvido essa expressão.

Essa frase foi popularizada por Jim Rohn, que iniciou sua carreira profissional como almoxarife e tornou-se posteriormente um grande empreendedor e palestrante motivacional.

Por experiência própria lhe digo que esse é um dos caminhos mais rápidos para a infelicidade que existe, se você não ficar atento. 😢⚠️

Ao deixar essa nova crença rodar no seu sistema, você pode entrar em um estado de ansiedade e profundo descontentamento aonde quer que esteja, pois, perceba, nunca vão existir 5 pessoas que estejam à altura do que você busca enquanto você não encontrar contentamento dentro de você.

Em especial em nosso mundo moderno, onde os “influencers” selecionam cuidadosamente o que postar para construir uma história de como é o seu dia a dia.

Seus olhos enxergam apenas 0,0001% do que realmente está acontecendo, e a sua mente dá conta de construir todo um cenário ilusório para complementar o resto.

“Como assim Renato? Construção?” 🤔

Para te ajudar a entender melhor, vamos fazer um estudo imaginário, com Catarina, um personagem fictício. 👩‍🚀

Imagine comigo: Catarina tem 24 anos e mora com sua mãe, Cida. Mora apenas por morar, pois elas mal falam “oi” e “tchau”.

Seguidora fervorosa da nova onda do empreendedorismo, Catarina fez todos os cursos de design thinking, inovação, canvas, oratória, criatividade, alta performance, coisa e tal…. 💻📱

Ela acorda todos os dias elegendo quem são as pessoas que estão ao seu redor com cautela, afinal todos os seus “gurus” do empreendedorismo falam para ela que ela é “a média das 5 pessoas que convive”.

Sua nova amiga, Julia, é com certeza uma delas.

Ela fica eufórica em perceber quanto elas são parecidas e podem prosperar e construir um futuro juntas.

Desde que se conheceram, há 3 semanas atrás, não conseguem pensar em outra coisa senão abrir uma nova empresa e serem sócias.

A descoberta de algo novo todos os dias sobre a outra pessoa faz com que Catarina admire cada vez mais sua amiga nova. 😍

Com Julia, Catarina teve que tirar sua mãe de seu círculo. Afinal, agora o que interessa é essa coisa nova: geração Y, empreendedorismo, prosperar financeiramente, abundância, tecnologias exponenciais, tá ligado?

Muito bem, conseguiu imaginar esse cenário?
Qualquer semelhança com você mesmo, não é mera coincidência! 😅

Vamos agora enxergar com nossos super poderes hackers como está a mente de Catarina nesse momento:

<banco de dados: relações >

Cida (mãe):

tempo de conexão: 24 anos

quanto Catarina conhece Cida: 14 %

————–

quanto de Cida a mente de Catarina construiu: 86%

————–————————————————————————————–

Julia(amiga):

tempo de conexão: 0,06 anos

quanto Catarina conhece Julia : 0.035 %

quanto de Julia a mente de Catarina construiu: 99,965%
–—————————————————————————————————

( sim, nós somos seres infinitos, impossíveis de se mensurar. os números estão aqui apenas para ajudar a contar essa estória ;D )

Conforme o tempo passa e as duas vão se conhecendo melhor, Catarina começa a perceber que talvez a Julia não seja essa pessoa foda e especial que a mente dela havia construído. 🤔💭

Catarina descobriu que Julia também procrastina, também tem seus medos e anseios, que ela também tem suas imperfeições e inseguranças.

Antes que seja tarde demais e que isso prejudique sua ideia milionária, Catarina se afasta de Julia, pois percebe que talvez ela não seja o “Steve Jobs” que ela precisa como sócia.

E, com o círculo “incompleto”, Catarina fica desesperada e volta à busca de achar alguém para preencher essa “nova vaga” na caixinha da “você é a média das 5 pessoas que mais convive”, enquanto a relação com sua mãe vai ficando cada vez pior….

< moral da estória />

O vício da busca pelo novo pode nos fazer esquecer de buscar o “novo” dentro do “velho” que pode ser a chave para resolver os nossos problemas.

Por exemplo, nas relações, como acabamos de ver:

Conforme a relação se aprofunda, começamos a conhecer aquele 1% sombrio da outra pessoa, que não gostamos de olhar.

E é justamente aqui que mora uma oportunidade incrível de desenvolvimento pessoal, de coragem, resiliência e força: enxergar o que existe dentro de nós que não aceitamos, para depois partir para a aceitação de verdade.

Portanto, tenha consciência e cuidado ao eleger as crenças que vão rodar no seu sistema.

Estude, abra seus horizontes, esteja aberto a novos conhecimentos. Questione, investigue, viva, seja feliz. Mas observe com cuidado quando uma nova crença que você ouve de alguém te faz operar na escassez.

Perceba se suas ações, sentimentos e pensamentos tem base no medo, ou tem base no amor.

Você pode usar a frase “você é a média das 5 pessoas que convive” com uma intenção nobre, ou voltar a operar na escassez se levar ela a sério demais, como vimos com o exemplo da Catarina. 👩‍🚀

Ao sair da caixinha do “trabalho das 9 às 17h, para entrar na outra caixinha do “empreendedorismo”, perceba que você vai continuar limitado,  só vai mudar de caixinha. 📦

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Para você filosofar nessa semana, fica meu convite para você revisitar suas relações antigas (amigos, familiares…. o que quiser) e, ao invés de se afastar delas, tentar aprender com elas ;D

Você pode ficar surpreso como o universo pode te ensinar exatamente o que você precisa, não importa a situação.

Seguimos viajando, com atitude entrega e amor. 👊❤️🙏